Estudo do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) mostra que 85% do crescimento global da produção agrícola até 2029 dependerá de incrementos na produtividade. Esta será resultado do uso mais intensivo de insumos, investimento em tecnologia e melhores práticas agrícolas.
No Brasil, além desses investimentos, será preciso que o sistema regulatório tenha o mesmo rigor científico atual, mas que os processos não comprometam a inserção de novas tecnologias no campo. Segundo os especialistas, essas inovações são fundamentais para controlar doenças, pragas e plantas daninhas que podem dizimar lavouras e trazer impactos econômicos tanto para o produtor quanto para o país.
É o caso da ferrugem asiática da soja, considerada uma das mais severas para a sojicultura brasileira. Os danos às lavouras podem chegar a 90%, segundo dados da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento).
Circular técnica da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) Soja, de julho de 2024, mostra, por exemplo, que todas as classes de químicos atualmente disponíveis no mercado (mesmo quando misturados) já não demonstram a mesma eficiência no tratamento da doença em decorrência das mutações no fungo.
O engenheiro agrônomo e pesquisador da Staphyt, Nédio Rodrigo Tormen, ressalta a importância de novos produtos chegarem com um perfil toxicológico mais adequado, com baixo impacto ao meio ambiente e à saúde humana. “A Corteva, por exemplo, desenvolveu um produto que apresentou uma eficácia muito alta nos testes realizados nas últimas safras”, disse.
O ativo, mencionado por Tormen, é o Haviza, em processo de aprovação no Brasil. O fungicida tem um novo mecanismo de ação para controle da ferrugem asiática na soja e outras doenças fúngicas.
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