O plantio da soja começou com atraso no estado de São Paulo, e o grande culpado é o clima. A situação atual pode atrapalhar o cultivo do milho safrinha no ano que vem.
Em uma propriedade de Itapetininga (SP), Alex Francisco espera colher cerca de 95 sacas de 60 quilos por hectare – o dobro da produtividade alcançada no ano passado. Porém, só será possível se chover na quantidade ideal.
Devido a estiagem, foi necessário interromper o plantio algumas vezes. Por isso, Alex está sempre conferindo a previsão do tempo no celular.
Em uma outra fazenda do município, administrada por Darci Donizete, também há pressa para plantar a lavoura. A previsão é de uma produtividade média de 75 sacas por hectare, e o clima não pode atrapalhar mais.
No sudoeste do estado, os agricultores deveriam ter começado a plantar a soja logo depois de agosto, para colher já no início de janeiro. No entanto, a falta de chuva atrasou os planos e, agora, seguindo a janela de plantio, eles têm até dezembro para terminarem os trabalhos.
Segundo os produtores, esse atraso no plantio da soja impacta diretamente a próxima safrinha, o que significa que sua produtividade pode ser prejudicada ou até mesmo deixar de ser plantada.
Outra preocupação dos produtores é o preço que será pago pelo grão, pois a saca na faixa de R$ 120 não os agrada. O ideal, de acordo com o engenheiro agrônomo João Celso, é uma cotação em torno de, pelo menos, R$ 180. A soja sempre gera muita expectativa, e é o principal grão cultivado no Brasil. (Por Nosso Campo, TV TEM)