O estudante Fernando da Costa Santos, de 13 anos, morador de Capão Bonito (SP), foi premiado com a medalha de ouro na Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (OBMEP). Para participar da celebração, que aconteceu no Rio de Janeiro (RJ), o menino viajou de avião pela primeira vez na vida.
Ao g1, Fernando contou que já havia disputado a olimpíada em 2024, quando conseguiu a medalha de bronze. Para a edição de 2025, no entanto, foi necessária muita dedicação aos estudos. “Estudei bastante o ano inteiro, pois é uma prova bem difícil”, conta o estudante do oitavo ano do ensino fundamental de uma escola pública de Capão Bonito.
A entrega das medalhas deste ano foi feita no dia 30 de junho, na capital carioca. Essa foi a primeira vez que Fernando viajou de avião, acompanhado da delegação olímpica e de seus professores. O adolescente ficou na cidade por três dias e recebeu a medalha ao lado de mais de 700 premiados nas olimpíadas.

Incentivo na escola e em casa
Fernando relata que a professora de matemática, Edna Okinawa, foi a responsável pelo treinamento dele e dos colegas, mas que o gosto dele pelos números facilitou a trajetória. Tanto é que, no futuro, o adolescente pretende continuar com as competições e seguir se dedicando aos cálculos.
“Eu acho que foi importante [participação da escola e da família]. A minha escola estava mandando matéria para estudar. É muito importante esse tipo de ajuda: sem eles, eu não conseguiria. Eu me senti vitorioso. Estar entre os melhores do Brasil não foi fácil, é muita emoção”, conta o aluno.
A mãe de Fernando, Silvana Domingues da Costa, de 46 anos, é professora de português há 20 anos e acompanha a vida escolar do filho de perto. Para ela, a educação transforma a vida das pessoas.
Mesmo apreensiva com a viagem de Fernando ao Rio de Janeiro, Silvana torceu pelo filho e ficou esperando ansiosa pelo resultado. Ela também esteve na capital carioca para prestigiar o adolescente, ao lado da sua irmã, e comemorou a conquista dele.
Ao g1, Silvana disse que pretende manter Fernando na escola pública no ensino médio, mas que também vai buscar colocá-lo no ensino técnico. (Por Pâmela Beker*, g1 Itapetininga e Região)