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Esporte mais praticado nas escolas, futsal é excluído dos jogos escolares

Equipe escolar de futsal do Distrito Federal

Esporte mais praticado nas escolas brasileiras, o futsal foi excluído da principal competição escolar nacional, os Jogos da Juventude. A decisão foi tomada pelo Comitê Olímpico do Brasil (COB), organizador do torneio para jovens de 15 a 17 anos, revoltou o segmento do futsal e aqueceu a discussão sobre as diferenças de prioridades do COB e do Ministério do Esporte.

O COB justificou dizendo que “os recursos e as estruturas das cidades-sede para a realização dos Jogos da Juventude são limitados” e que “entende que a inclusão das modalidades águas abertas, esgrima, tiro com arco e triatlo servirá para estimular a prática desses esportes”—leia a nota na íntegra no final da reportagem.

A saída do futsal abriu orçamento para incluir quatro modalidades: esgrima, águas abertas, triatlo e tiro com arco. Essas novas modalidades têm em comum o fato não serem praticadas nas escolas, mas fazerem parte do programa olímpico. O Ministério do Esporte tem como principal bandeira a promoção da atividade física, sendo prioridade que isso ocorra também nas escolas. Por isso, o futsal é importante: é a modalidade mais praticada, usando como base o número de inscrições em torneios escolares municipais, estaduais e nacionais. Na tarde de hoje, a pasta soltou nota dura afirmando que não foi consultado e que não é possível o evento “ser considerado meramente privado”.

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Para dirigentes, clubes e treinadores de futsal a saída da modalidade dos Jogos da Juventude tem potencial para derrubar toda a cadeia que fomenta este esporte nos colégios e dá bolsas de estudos a centenas (talvez milhares) de jovens. Diferente dos esportes olímpicos, no futsal as competições escolares são as mais relevantes do calendário da base.

Demétrio Vecchioli (Uol Esportes)

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